MAR SINFÔNICO


MAR SINFÔNICO

Nada como se perder na imensidão do mar
Na eternidade do vento que correndo atrás da aurora perdeu o medo da chuva. Transformando-a em cólera á noite e nuvem de dia.
Dias que nascem em horizontes incertos, pois a única certeza é que esse fenômeno não volta atrás, mesmo girando em torno do mesmo ciclo. Mesmo tendo em vista ilhas e sonhos. Sonhos pertos, muitas vezes distantes.
Muitas vezes lúcidas e outras tantas loucas.
A forma não depende do artista. O artista traduz o que espontaneamente se transforma em sentidos dados pelo ato, pelo meio, formando a expressão bruta dando a tudo novos-sentimentos-lapidados-por-olhos-bocas-narizes-olfatos, tudo interação, percepção.
Num paradoxo repentino formasse as tempestades sinfônicas conduzindo os viajantes experientes, ou nem tanto assim a ilhas cheias de segredos ocultados pelas sinfonias. Navios frágeis em direções de ilhas que somente alcança a esperança, o medo agregasse nas paredes que falam. Sombras mordem o teto e a obra do marujo de corda de mares faz um grande volume no mapa que cada um pensa ter em suas mãos. Lua e sol passando em tempestades que duram dias longos, sonhos incolores.
As tempestades conduzem os pássaros no meio da tarde ao vôo, sobressaindo em picos altos e vistosos seguido pela brisa do vento, da tarde que dorme da alma que busca os meios de sobreviver a uma aventura sem saber onde irão aportar seus pensamentos.
O vento toca levemente o medo não agudo da sinfonia tornando-o o próprio maestro da noite. Ele que continua correndo atrás da aurora esperando em outrora uma ópera capaz de harmonizar não somente a si, mais também a platéia imaginaria do navio. A platéia que no mar da solidão esta perdida. Navios afundados por iceberg.
Fracassados que sem entender aplaudem a cortina vermelha que fechasse com o refletor nos olhos do pianista emocionado com a ópera da noite fria, onde a sorte faz a diferença na próxima sinfonia que surgir traduzida por uma alma boa lembrada pelas estrelas que hoje formou o mar sinfônico.

Samir Raoni

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