BANHO VERDE


BANHO VERDE

Os módulos notáveis brotavam de uma floresta nutrida pelos primeiros rios verdes. Os seres que lá habitavam nadavam nesse rio que dava passagem dia após dia para nosso tempo. O rio tinha um curso ditado por um vento que soprava as arvores verdes, os animais verdes, os olhos verdes, as lagrimas verdes, os sorrisos verdes, a neve verde, as mulheres verdes que na bruta cor de fruta produzia sucos verdes, para seus filhos e maridos verdes iluminados pelo belo sol verde que em cima da montanha verde pulsava um sangue verde no rio verde. O tempo nu do céu verde vivia nos contos verdejantes de um tom green. Notáveis mudanças ocorriam nesse reino. Com o passar do tempo começamos a mudar a natureza das coisas, e por tanto nossa própria natureza verde. Começamos a desfolhar, perder nossa cor; perda essa que gerou outras mudanças em cadeia. As loucuras soltas dos cadeados das cadeias de cores de laboratório. O capitalismo estava solto na floresta e logo faria suas vitimas. Um surto, uma pressão se viu adicionada a um mundo verde invadido pelas cores. Religiões e falsas ideologias foram criadas, na furtada cor do quadro pintado pelo capitalismo e vendido como boa obra. Obra das cobras do capitalismo que permanece com os dólares verdes, e deis de então esse império verde continua verde. Já as almas das pessoas perderam sua intensidade reluzente. A essência foi morar na rua e lá foi atacada pelo vampiros do escuro do sistema. Tendo graves ferimentos e sacrificando duas longas gerações. Para sobreviver criou seu raigufer. Sangue pelo caminho da exploração social. Cores e raças foram expulsas do reino verde e dentro de uma fuga estimulada pelos vícios do sistema que nos mantém detentos de um mundo cheio de diferenças e cores predominantes, vieram às espécies e suas capacidades adaptativas, os camaleões camuflados com todo o processo criaram a revolução colorida, mentes estão florindo deis de então. O mundo veio do verde e esta cada vez mais opaca. As florestas sendo usadas para cheques que adoecem nossa cresça nessa mentira publica publicada na bíblia dos cofres públicos, dos bancos previdências. Estamos cientes do belo mundo verde que viemos ver... O espetáculo acabou e no palco ficamos como os palhaços que com aplausos baratos bancados pelos nossos impostos nos fizeram cegos, nos deram à mídia e na televisão perdemos a verde visão, na tela azul paramos de olhar para o céu. As nuvens brancas do mundo verde são vista como planta satânica. Igrejas de mármore, ouro, tapetes vermelhos, riqueza material. Mas onde tudo começou (no mundo verde) nossa visão era plena, não se olhava à matéria e sim a alma dos seres que nesse reino viviam. Agora as coisas ganham cor, diferença, porque o mundo olha a matéria, e essa sim tem cor. Fragmentados elementos no pequeno mundo ficam salvos. Existe dentro dessa geração varias películas visuais que criaram pra nós na tela azul do mundo azul das emissoras de comportamentos que chegam à favelas, hotéis e apartamentos. Nesse mundo visual de lâmpadas apagada, acesa, queimada. - peço calma.
– Assim nos fizemos assim a vida nos fez.
As crianças ainda vêem as borboletas com sua florescência natural. Espero que a próxima geração nasça com essa visão e jogue fora suas televisões, comercial infinito para a vida de tinta.

Samir Raoni 26 de Agosto de 2008

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