A FORTALEZA INDISCRETA DOS RATOS URBANOS

Sou pertencente da criação
das direitas habilidosas
dos mínimos detalhes
em debate publico
de bocas longas
e verdades pequenas
lucidas?
longe dos meus mares...
longe são, ímpetos vão,
partem e prometem voltar
de modo que eu toco e bebo
canto e danço
minto e descubro
finjo e cubro meus calos
revelados em noites longas
em luas clareadas por orvalho santo,
sem missa, sem padre, sem frade
só a lampada e a mesinha
de madeira de lei tingida
pelas leis dos homens homicidas
suicidas, machistas, vietnamitas e jesuítas
da floresta caiapó
pó das cidades e dos passos...
pegadas quentes em dias oleosos,
leito das covas abandonadas dos corpos
vegetativos... “rotina real”
dos que decidem a raiz dessa palavra.

Gripei... internaram minhas lembranças.
os remédios me deram insonia
e eu fiquei meio perturbado
vendo os raios no teto e a boca aberta
com os dentes amolados e os dedos
trémulos... efeito colateral da digestão consciente.

são fortes... fortaleza indiscreta da motivação
de quem acredita ter razão no vão intocável
dos bravos, que ainda sim amam
os magos das esquinas entupidas
por ratos urbanos recebidos com banquete
e tapete vermelho, em cima
dos corpos profanos acompanhado de vinho tinto
selando a cólera do tempo!
fermento social!
Real...?

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